quinta-feira, 7 de agosto de 2014

A Arte! (Uma visita à Exposição Joe Berardo no CCB)


 
Oh!, Arte, arte,
Para onde quer que eu vá,
Vejo-te em toda a parte,
Sinto-te a todo o momento:
Na forja do ferreiro,
Que a trempe forjou;
Na flauta do pastor,
Moldada com seixos da Lua;
Num cepo de água,
Onde me sento a meditar,
Na sombra do pensamento.

E até em esconsos
Ateliers de Artistas
Na arte de moldar o sonho.

Ou em telas pintadas,
Com olhares de pintores (su)realistas,
Visionários escultores,
De fantasias (in)completas,
Onde a arte descansa,
De pernas abertas,
E olhar enviesado,
Com saber e Arte.



Publicado no livro: "O Acordar das Emoções" - Tartaruga Editora





O poeta na madrugada





Os campos na minha terra,
São como jardins floridos.
Em dias de primavera.

Na madrugada,
Canta a cotovia.
E com o seu cantar,
Enche os campos de alegria.

E o verde dos seus prados
Ao raiar do sol nascente,
Deixa o poeta contente.

E um poeta com espaço,
Canta consigo na alma.
Enleado num abraço.

Abraça-me, ó madrugada.
Porque um poeta em ti,
Não necessita de mais nada.




Livro: "O Clamor dos Campos" - Edições Colibri