terça-feira, 26 de novembro de 2019

Salvemos a Natureza


Hoje,
Dei comigo a pensar,
No que “dirão” os seres,
Da terra e do mar,
Quando souberem,
E um dia “irão” saber,
O que andou o homem a fazer,
Para se tornar,
Num predador, sem igual.
Que, aonde quer que chega,
Destrói tudo à sua volta,
Até ao momento,
Em que se irá destruir a ele.

João de Deus Rodrigues

domingo, 24 de novembro de 2019

TODO O SER HUMANO NASCE NU…

POEMA:

 
Todo o ser humano nasce nu,
E, por isso,
Já todos tivemos uma nudez,
Que não nos envergonha.
 
Permita Deus, que seja a única.
 
João de Deus Rodrigues
 
Novembro de 2019

sábado, 23 de novembro de 2019

O silêncio da noite.





O silêncio da noite.


Quantas vezes a noite,
No silêncio do nosso quarto,
É uma boa conselheira,
Para as coisas do coração.
E nos faz recordar,
Que nem sempre temos razão.



               João de Deus Rodrigues

sábado, 9 de novembro de 2019

AS IRONIAS DA MINHA MÃE

AS IRONIAS DA MINHA MÃE
(os acepipes)

I
Para o almoço

Ó mãe,
Quando vamos almoçar?
Hum, que cheirinho,
Hoje o cheiro até consola.
Já sei: fizeste para manjar,
Os tais papinhos de rola...

II
Para a ceia

Olha meu filho, vamos cear,
Hoje o comer é melhorado!
Hum, que cheirinho. mãe,
Diz-me, então, o que é o manjar.
- Olha, meu filho, é o esperado…

Ó, mãe, já tenho uma ideia,
Do que vai ser a nossa ceia.
Chegou agora aqui o cheiro,
A batatas fritas com fumeiro…
- Frio, estás muito frio,
Tu e o teu cheiro...

Ó mãe,
Diz-me lá, então, o que foi.
Porque a minha fome,
É fome para comer um boi…
Diz depressa, mãe.
Anda, diz-me primeiro,
Se cozinhaste para a ceia,
“Os tais bifinhos de testa de carneiro”…

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

DIA DE TODOS OS SANTOS.



Poema: Pão por Deus.

Eram duas crianças,
Como foram os filhos meus.
Bateram à minha porta,
Pediram o pão por Deus.

Traziam consigo outro pão,
Ao contrário de outros tantos.
E alimentavam uma chama,
No dia de Todos os Santos.

Numa época de descrença,
Neste mundo de aflitos,
É dos gestos das crianças,
Que saem feitos bonitos.

Porque é sempre nas crianças,
Como foram os filhos meus,
Que habitam as esperanças,
Que haja sempre o pão de Deus.


João de Deus Rodrigues
In Livro “O acordar das emoções” – Tartaruga Editora