Abeirava-me
do lago,
Pé-ante-pé,
com mil cuidados,
Para
ver os girinos pousados na minha face.
E
eles, com os olhos arregalados,
Abanavam
a cauda e olhavam para mim,
E
eu olhava para eles, sem disfarce,
Todas
as manhãs.
E
como o tempo era nosso,
Esperávamos
que ele passasse,
Para
sermos grandes.
Eu,
do tamanho dos homens,
Eles,
do tamanho das rãs…
Enquanto
na outra margem do lago,
A
mãe dos girinos coaxava,
Em
cima de um nenúfar branco,
Virada
para o sol nascente.
Que
também ele a escutava,
Brilhando,
sorridente...
E
eu ia cheirar as violetas,
Companheiras
do lago,
Feliz
e contente.
À
espera de ser grande.
À
espera de ser gente!
Do Livro: "Memórias e Divagações" - Poética/Edições
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