sexta-feira, 24 de junho de 2016

Ó meu rico São João.



Ó meu rico São João,
Adorado foste o primeiro,
Por Cristo, pois então,
Que te fez casamenteiro.

Ó meu rico São João,
Um pedido te faço eu,
Pede por nós a São Pedro,
Que nos abra as portas do Céu.

Ó meu rico São João,
Santo bem-aventurado.
Dá um abraço a Santo António,
Do peito, bem apertado.

Ó meu rico São João,
Que dos Populares és decano.
Eu te peço com devoção,
Deixa-nos chegar a outro ano.

Ó meu rico São João,
Dá-nos saúde paz e alegria.
E na mesa não nos falte o pão
Nosso, de cada dia.



    24 de Junho de 2016 -   Viva o São João!

         João de Deus Rodrigues


quinta-feira, 23 de junho de 2016

O Verão



  
Verão,
Tempo de magia.
Quando as crianças pobres, de sorriso no rosto,
Adormecem nuas, à sombra do luar de Agosto,
E sonham com anjos ao romper do dia.

Tempo do campo ceifado,
E das arcas cheias de pão sagrado.
Que o homem recolheu,
Observando mariposas,
A dançar no céu.

Época de mares de gente, expondo opulências,
Em areias finas, da erosão do tempo,
Que o vento soprou e o rio levou.

E de danças, em eiras e salões.
E de passeios, entre o céu e o mar,
Em iates e aviões,
Em dias e noites sem sono,
Em paradisíacas praias de orgias,
Em esplanadas de luar,
À espera do Outono.


Do poema As Estações do Ano
In Livro: “O acordar das emoções” – Tartaruga Editora



quinta-feira, 9 de junho de 2016

O 10 de Junho e o Panteão Nacional



Subo ao alto do Restelo,
E observo o Tejo, com desvelo,
E o mar azul, mais além.
E, então, imagino galeões,
Naus e caravelas,
De há quinhentos anos,
A zarparam do Tejo.
Em memória das quais,
Se ergue a memorável Torre de Belém.

Foram heróis que partiram,
Como guerreiros e santos,
Para vencerem os mares,
Até à Taprobana e mais além.

E depois,
Imagino uma esfera, não armilar,
A que chamam péla, tal qual,
Que é pontapeada por novos “heróis”,
Que querem figurar no Panteão Nacional!

Esse sagrado guardião da imortalidade,
Onde repousam poetas e escritores,
Presidentes e historiadores,
E outros Ilustres Senhores,
Que honraram e honram Portugal.

E que agora, com o cantar,
Doce e suave, de certos rouxinóis,
Talvez os queiram de lá tirar,
Para pôr no seu ligar, nem mais,
Que esses novos heróis nacionais…

In Livro"Memórias e Divagações" - Poética Edições


         Viva o 10 de Junho. 
         Viva Portugal