Recordo-me tão bem
de ti,
Avó Lucinda.
E te ver sorrir, já
velhinha,
Quando eu, criança
ainda,
Brincava com o meu
pião,
No largo de S.
Sebastião.
E tu, avó Lucinda,
Também sabias
sorrir.
E quando o fazias,
Eras tão linda!
E o que é mais
engraçado,
E me faz gostar
tanto de ti,
É porque tu, além
disso,
Pariste dezoito
filhos,
Deitada num colchão
de palha,
Num quarto sem
tábuas,
Da tua humilde
habitação,
Onde havia mais
bocas do que pão.
E dar à luz dezoito
filhos,
E criá-los com
dedicação,
Eram muitos
cadilhos,
Querida avó, do
meu coração!
Mas era por isso que
tu tinhas
Um sorriso de
felicidade.
Que nascia no teu
coração,
E eu te achava tão
linda!
Minha querida avó
Lucinda.
In Livro " Passagens e Afectos" - Tartaruga Editora - * Poema revisto.
In Livro " Passagens e Afectos" - Tartaruga Editora - * Poema revisto.
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