Árvore, minha irmã na
natureza,
De ti recebo seiva,
sombra e frutos.
E foi contigo, também,
Que aprendi a amar a
natureza,
Na companhia da minha
mãe.
Quando os meus olhos castanhos,
Se deleitavam a
contemplar
Os teus braços, fortes e delicados,
A dançarem com o vento.
Quando acolhiam avezinhas
Nos jardins, nas
florestas ou no deserto,
Para fazerem os seus ninhos,
Virados para o céu aberto…
E foi com o dançar dos teus
ramos,
E o cantar harmonioso da tua
folhagem,
Em calmas manhãs de
Primavera,
Que uma constante e suave
aragem
As fazia balançar, qual quimera,
Que eu imaginei sons
musicais, Gregorianos,
Cantados numa catedral com
mais de mil anos.
E fostes também tu,
querida árvore,
Que me ensinaste a
crescer,
Quando convivi contigo,
lado a lado,
E eras tão frágil como
era eu,
Também há pouco tempo nado.
De tal maneira que se uma
borboleta
Pousasse em ti, mal a podias
suportar,
Nos tenros bracinhos
virados para o céu,
À procura da luz solar.
Até que te fizeste um
gigante, de braços enormes,
Capaz de enfrentar, em
todos os momentos,
A incúria do homem, e a
fúria dos elementos.
Por isso eu acredito que
vais morrer de pé,
Mas se assim não for,
podes acreditar,
Que eu, abraçado a ti, vou chorar.
22-02-2016 - (Poema a rever, para publicar no
meu próximo livro de poesia)
.João de Deus Rodrigues
Viva o Dia da árvore: 21 de Setembro
Viva o Dia da árvore: 21 de Setembro
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