Eram duas crianças,
Como foram os filhos meus.
Bateram à minha porta,
Pediram o pão por Deus.
Traziam consigo outro pão,
Ao contrário de outros tantos.
E alimentavam uma chama,
No dia de Todos os Santos.
Numa época de descrença,
Neste mundo de aflitos,
É dos gestos das crianças,
Que brotam feitos bonitos.
Porque é sempre nas crianças,
Como foram os filhos meus,
Que habitam as esperanças,
Que haja sempre o pão de Deus.
Publicado no Livro: "Passagens e Afectos" - Tartaruga Editora
Gostei do poema que relembra uma tradição do nosso povo.
ResponderEliminarIrei publicá-lo no boletim da APP.
A sua admiradora poética: Maria Melo