terça-feira, 11 de agosto de 2015

Segredos do mar



Sentado em frente do mar,
Na muralha que o sustém,
Observo o suave marulhar,
Das ondas a balançar,
No seu constante vai e vem.
Que me faz lembrar uma sereia,
Cantando baixinho,
Canções de embalar,
Que jamais cantou alguém.
E medito nos segredos,
Que o mar guarda no seu seio,
Sem os revelar a ninguém.
Talvez porque tenha receio,
Que um namorado lhos roube,
Para oferecer à sua amada,
Numa noite de lua cheia,
Quando estiverem na praia,
Deitados na areia,
No terno enlevo da madrugada.


    João de Deus Rodrigues

                Agosto de 2015


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