O poeta,
É uma criatura,
De alma aberta,
Que nasce nu,
Vive pobre,
E morre rico.
Nasce nu,
Com alma de enamorado,
Para cantar triste,
O que deveras sofre, amargurado.
Vive pobre,
Por não ver compreendida
A causa nobre,
Que o consome.
Semeando no vento,
Que a perversidade
É um acto avarento!
E morre rico,
Porque a sua semente
Germina no Amor, eternamente,
Abrindo sempre em flor.
in Livro "Passagens e Afectos" - Tartaruga Editora
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