Mãe,
Se eu fosse
pintor e soubesse pintar,
Pintava
o teu retrato, numa folha de papel.
Utilizaria
espátulas, penas e as cores mais belas.
E macios
pincéis, para não ferir a tua pele.
O teu
retrato seria leve como o vento,
E fluente
como a luz.
E os
teus olhos ficariam lindos,
Como
eram, cheios de amor.
Seria um
retrato que os Mestres
Teriam
pena de não ter pintado,
E os
vindouros não saberiam fazer igual.
Serias
tu, minha mãe, como eras, tal qual,
E não
lhe punha qualquer moldura,
Para não
o adulterar.
E depois
de pronto, pendurava-o ao peito,
Junto a
ti, no seu lugar.
…E se eu
fosse poeta?
Ah!, se
eu fosse poeta, minha Mãe,
E
soubesse fazer um poema,
Escrevia-o
para ti.
Seria um
poema cheio de cor e melodia,
Onde cantaria
como és linda,
E quanto
eu gosto de ti.
Seria o
poema mais belo da terra e do céu.
E depois,
encostado ao teu peito,
Recitava-to,
em solene harmonia,
E pronto,
dava-to, era teu.
E seria a
minha alegria.
In Livro “O acordar das emoções” – Tartaruga Editora
Um poema muito belo e cheio de sentimento e amor.
ResponderEliminarObrigada pelas suas palavras.
Um abraço.