Ó meu rico
santo António,
Santo bem
abençoado,
Quiseste falar
ao povo,
E ele virou-se
pro outro lado.
Foste, então,
aos peixes pregar,
Aquele teu
celebre sermão.
Que eles
estiveram a escutar,
Com a devida
atenção.
A
eles disseste, o que o povo
Não quis ouvir
no teu sermão:
Que os peixes grandes
comem de novo,
Os mais
pequenos que aqui estão.
Jovem foste
garboso militar,
Depois um santo
milagreiro.
E a pregar a
fé, por terra e mar,
Chegaste a
santo casamenteiro.
Arte em que teu
coração brilha,
A dar
conselhos aos namorados.
E às jovens
consertavas a bilha,
Caída no chão,
aos bocados.
Assim foi a
tua crença na Fé,
Pregando
sermões à toa.
Até morreres
em Pádua, de pé,
Com o coração
em Lisboa.
Onde desfilam arcos
e balões,
Pela avenida
da Liberdade.
Na presença
dos foliões,
Que te adoram,
de verdade.
Um viva aos Santos Populares, 2017 – João de
Deus Rodrigues
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