Mar, querem-te
tanto como a um irmão,
Embora tenhas sido
para eles um traidor.
Porque só lhes
trouxeste, em troca do pão,
Angústias e
lágrimas, sofrimentos e dor.
Ainda ontem os
meteste noutro sarilho,
Quando na praia,
em frente do paredão,
Lhes levaste mais
do que um pai e um filho,
E lhes deixaste a
sangrar a alma e o coração.
Que fado, tão
feliz e amargurado, deu Deus,
Aos Homens que
vivem para o mar!
Mar que lhes leva
os pais e os filhos seus,
E deixa nas praias
mães viúvas a chorar.
Homens e mulheres
cativos da magia
E do encanto, tentador,
das águas do mar.
João de Deus Rodrigues – Outubro de
2015
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