segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Pão por Deus



 
Eram duas crianças,
Como foram os filhos meus.
Bateram à minha porta,
Pediram o pão por Deus.

Traziam consigo outro pão,
Ao contrário de outros tantos.
E alimentavam uma chama,
No dia de Todos os Santos.

Numa época de descrença,
Neste mundo de aflitos,
É dos gestos das crianças,
Que brotam feitos bonitos.

Porque é sempre nas crianças,
Como foram os filhos meus,
Que habitam as esperanças,
Que haja sempre o pão de Deus.


   


   Publicado no Livro: "Passagens e Afectos" - Tartaruga Editora









1 comentário:

  1. Gostei do poema que relembra uma tradição do nosso povo.
    Irei publicá-lo no boletim da APP.
    A sua admiradora poética: Maria Melo

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