quinta-feira, 9 de junho de 2016

O 10 de Junho e o Panteão Nacional



Subo ao alto do Restelo,
E observo o Tejo, com desvelo,
E o mar azul, mais além.
E, então, imagino galeões,
Naus e caravelas,
De há quinhentos anos,
A zarparam do Tejo.
Em memória das quais,
Se ergue a memorável Torre de Belém.

Foram heróis que partiram,
Como guerreiros e santos,
Para vencerem os mares,
Até à Taprobana e mais além.

E depois,
Imagino uma esfera, não armilar,
A que chamam péla, tal qual,
Que é pontapeada por novos “heróis”,
Que querem figurar no Panteão Nacional!

Esse sagrado guardião da imortalidade,
Onde repousam poetas e escritores,
Presidentes e historiadores,
E outros Ilustres Senhores,
Que honraram e honram Portugal.

E que agora, com o cantar,
Doce e suave, de certos rouxinóis,
Talvez os queiram de lá tirar,
Para pôr no seu ligar, nem mais,
Que esses novos heróis nacionais…

In Livro"Memórias e Divagações" - Poética Edições


         Viva o 10 de Junho. 
         Viva Portugal


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