segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Pão por Deus




   
Eram duas crianças,
Como foram os filhos meus.
Bateram à minha porta,
Pediram o pão por Deus.

Traziam consigo outro pão,
Ao contrário de outros tantos.
E alimentavam uma chama,
No dia de Todos os Santos.

Numa época de descrença,
Neste mundo de aflitos,
É dos gestos das crianças,
Que brotam feitos bonitos.

Porque é sempre nas crianças,
Como foram os filhos meus,
Que habitam as esperanças,
Que haja sempre o pão de Deus.


         Livro “ O Acordar das Emoções” – Tartaruga Editora



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