segunda-feira, 12 de junho de 2017

Dia de Santo António



Ó meu rico santo António,
Santo bem abençoado,
Quiseste falar ao povo,
E ele virou-se pro outro lado.

Foste, então, aos peixes pregar,
Aquele teu celebre sermão.
Que eles estiveram a escutar,
Com a devida atenção.

A eles disseste, o que o povo
Não quis ouvir no teu sermão:
Que os peixes grandes comem de novo,
Os mais pequenos que aqui estão.

Jovem foste garboso militar,
Depois um santo milagreiro.
E a pregar a fé, por terra e mar,
Chegaste a santo casamenteiro.

Arte em que teu coração brilha,
A dar conselhos aos namorados.
E às jovens consertavas a bilha,
Caída no chão, aos bocados.

Assim foi a tua crença na Fé,
Pregando sermões à toa.
Até morreres em Pádua, de pé,
Com o coração em Lisboa.

Onde desfilam arcos e balões,
Pela avenida da Liberdade.
Na presença dos foliões,
Que te adoram, de verdade.


  Um viva aos Santos Populares, 2017 – João de Deus Rodrigues


 

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