sábado, 28 de abril de 2018

As Coreias – Paralelo 38 (27 de Abril de 2018)

Sim à Paz, não à guerra!
Apetecia-me ir para a rua gritar,
Num gesto genuíno e afoito,
Para ver se acabavam na terra,
Todos os paralelos trinta e oito.

Os homens, aqueles que ontem
Ensaiavam temíveis bombas
Nucleares, que não era brincadeira,
São os mesmos que hoje falam em pombas,
Em Paz e em ramos de oliveira.
E se abraçam, fraternalmente,
Para que os povos do mundo vejam,
Que querem a paz, sinceramente!

Deus queira que assim seja,
E se ponha fim a tamanho sofrimento,
De tantos pais e filhos, netos e avós!
Que durante gerações se enfrentaram,
E possam, finalmente, confraternizar,
Sem rancores nem ódios, pois então.
E os desavindos se possam abraçar,
Fraternalmente, de irmão para irmão.

Contudo, desejo isso e tenho medo.
Tenho medo que alguém, em segredo,
Já esteja a pensar em acender o pavio
Que vá atear o fogo no convés do navio
Onde navega toda a minha fé e esperança.
Porque as guerras, em todos os continentes,
Começaram por interesses, ódios e vinganças.
E isso, nunca deixa todas as partes contentes!

Mas eu quero pensar positivo.
Para isso, quero mesmo acreditar,
Que se o homem quiser, é capaz
De que todos os paralelos trinta e oito,
E todas as guerras, declaradas ou pensadas,
De uma vez por todas, possam acabar!
Para que todos possam vir para a rua gritar:
Não à guerra, meu amigo, sim à Paz.

   João de Deus Rodrigues - 28 de Abril de 2018

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