segunda-feira, 23 de abril de 2018

Na alvorada da Liberdade




Peguei nos meus filhos pequeninos pela mão,
Nessas manhãs claras que o tempo libertava,
E caminhamos no meio da esfuziante multidão,
Que comungando dos mesmos ideais, lutava. 

Não queria, tinha a mim mesmo prometido,
Que as estradas que se abriam ao nosso querer,
Jamais apontassem a direcção de um só sentido,
Ou alguém cativasse a Liberdade, acabada de nascer. 

Por isso, eis que agora, em Abril, rompe de novo,
O grito do Poetas, espalhado pelas avenidas,
Que é bom lembrar Camões e Goya ao Povo. 

Para que a memória esteja presente no futuro,
De todos os que queiram viver na Cidade,
Para perpetuar nas avenidas o grito Liberdade. 

In Livro “O Acordar das Emoções” – Tartaruga Editora


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