Domingo
de Ramos na minha aldeia
É domingo de ramos,
E todos, com devoção,
Se dirigem para a igreja,
Com um ramo de oliveira,
E de alecrim na mão.
Depois, na igreja,
Os ramos são benzidos.
E, já bentos,
São levados para casa,
Para afugentar tormentos.
E o senhor padre João,
Na homilia desse dia,
Fala aos fiéis em Jesus
Cristo
Aclamado por uma
multidão,
Como nunca antes visto.
E os ramos lá, em casa,
Vão para a mesa- de-
cabeceira,
Onde há coisas bem
guardadas.
Para serem lançados na fogueira,
Em Maio, o mês das
trovoadas.
João de Deus Rodrigues
in Livro "O Clamor dos Campos" - Colibri Edições
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