domingo, 14 de abril de 2019

Domingo de Ramos na minha aldeia


Domingo de Ramos na minha aldeia



É domingo de ramos,
E todos, com devoção,
Se dirigem para a igreja,
Com um ramo de oliveira,
E de alecrim na mão.


Depois, na igreja,
Os ramos são benzidos.
E, já bentos,
São levados para casa,
Para afugentar tormentos.


E o senhor padre João,
Na homilia desse dia,
Fala aos fiéis em Jesus Cristo
Aclamado por uma multidão,
Como nunca antes visto.


E os ramos lá, em casa,
Vão para a mesa- de- cabeceira,
Onde há coisas bem guardadas.
Para serem lançados na fogueira,
Em Maio, o mês das trovoadas.

                       João de Deus Rodrigues

in Livro "O Clamor dos Campos" - Colibri Edições



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