segunda-feira, 14 de outubro de 2019

O MEU ECO DE MENINO


O meu eco inocente,
Soltava-se da minha voz,
E corria pelo vale,
Desde a nascente até a foz.


Mas, agora,
Cansado e velhinho,
Já não conhece o vale,
Esqueceu-se do caminho,

Esqueceu-se do caminho,
E chora, mas fá-lo baixinho.
Ao ver que o vale se afundou
Com o meu grito de menino.

Quando do cume da montanha,
Chamava pela minha mãe.
E depois o eco lá vinha,
A chamar por ela também:

Mãããããeeeeeeeeeee…

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