sexta-feira, 1 de maio de 2015

Viva o Primeiro de Maio



 
Hoje é o Dia Primeiro de Maio.
O dia consagrado ao trabalhador.
Assim chamado, sem desmaio,
Por todos aqueles que com amor,
São felizes a laborar noite e dia.
Numa luta, constante e persistente,
Contra o medo e a opressão,
Para darem aos filhos o pão.

Gente valente e abnegada,
Que quase só vive para o labor,
Pelo mísero salário, que lhe paga o seu senhor.
Que é como quem diz,
Trabalha para comer e enriquecer o País.
E mesmo assim, é gente feliz!

Gente que canta, que salta e grita,
Pelas ruas e avenidas da Cidade.
Onde jovens, com uma pandeireta,
E gigantones, com risonha careta,
Se pavoneiam mascarados dos amigos da treta,
Que lhes prometem pão e trabalho.
E depois lhe subtraem a pouca cheta,
Que resta do pequeno salário.
Deduzidos que são,
Os impostos que um certo papão,
Lhes leva sem dó nem compaixão.

Mesmo quando o honesto trabalhador,
No seu Dia Primeiro de Maio,
Lhe lembra que sem o seu saber e labor,
O sonho não passava de um tímido ensaio.

E que a construção das pontes e das cidades,
Ficava para as míticas calendas,
De que tanto nos falam as lendas…

Por isso, aqui deixo o meu louvor,
A todos aqueles que, com alegria e fervor,
Vêem para a rua festejar o dia de quem trabalha,
Na terra, no céu e no mar, até que a vida o consome.
Quantas vezes com sede, com frio e com fome,
Na sua nobre condição de honesto trabalhador!

         ( A publicar no próximo livro de Poesia)




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