terça-feira, 4 de setembro de 2018

Gosto da minha cidade


Gosto da minha cidade!
Por isso, emprestei-me a ela,
E ela quis-me como um filho seu,
Sem limites.
Por isso, a cidade é minha também,
E eu sou dela, por esse motivo.
O Tejo,
O Castelo de São Jorge,
O Cais das colunas,
Os monumentos de Belém,
Os estádios de futebol,
O elétrico 28,
O Poço do Borratem,
Os bancos dos jardins,
E o mais que ela tem,
Tudo isto foi meu,
Em algum instante,
No espaço dos meus passos.

Mas, mesmo assim,
Gosto do silêncio das pedras,
Do cheiro da terra,
Do brilho das estrelas,
Do perfume da serra,
E do cantar das águas.

Porque eu,
Primeiro,
Sou filho das fragas!

In Livro “Memórias e Divagações” – Poética Edições.
 (poema alterado)



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